segunda-feira, 14 de maio de 2007

Ansiedade

As vezes eu quero falar, mas tenho uma pessoa atravessada na garganta.

Aí eu tento dormir. Não consigo. Tenho uma pessoa atravessada em minhas pálpebras.

Nossa, é terrível esta sensação de aperto no peito e dor na garganta.... ou seria dor no peito e aperto na garganta?

Sim, aperto na garganta, pois parece que alguns sentimentos me sufocam, me tiram o ar de uma maneira que nem oração, nem chá de camomila, nem uma caixa de chocolate conseguem minimizar o sofrimento que ela me causa.

Eu sou tensa por natureza. Mas tensa mesmo.

Corro contra o tempo, mas tem dias, as vezes dias a fio, que só penso em dormir (já que sumir não dá).

Não sei porque tenho a mania de querer tudo, e tudo para ontem, preferencialmente.

Esta maldita mania me tira o ar também.

Eu tento abraçar (em vão) o mundo: meus amigos, meu trabalho, minha família, meus estudos, meu namoro....

Mas estou pelo menos conseguindo reconhecer que não consigo abraçar nem a mim mesma. Ao me abraçar, meus braços sequer chegam um pouquinho depois do meu ombro. Nem um auto-abraço consigo me dar, imagina abraçar o mundo.

Porém, mesmo tendo consciência que as coisas não ocorrem de acordo com os meus desejos, nem no tempo que eu gostaria, eu continuo sem ar.

Eu sou ansiosa, mas especialmente hoje minha ansiedade poderia ter nome, sobrenome e RG. É quela pessoa que está atravessada em minha garganta.

As coisas estão complicadas demais, as vezes intensas demais, sinto saudades demais, e meu peito aperta demais.

Hoje o que eu mais queria é que algumas coisas melhorassem. Com isso não estou abraçando o mundo, mas a minha vida. Esta minha vida que está vazia, solitária e cheia de ilusão.

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