quarta-feira, 15 de julho de 2009

Meu manual de sobrevivência para amar à distância




Esta é uma mensagem dirigida aos pombinhos que tem um relacionamento à distância.

Distância é sempre distância. Tem pessoas que estão ao nosso lado mas estão tão distantes como o Himalaia está.

Mas aqui não estou falando deste tipo de distância, pois esta, meus caros, cabe a cada um de vós resolver a situação, pois nela há a possibilidade de resolução. Basta coragem.

Eu quero falar sobre a distância, distância entre dois corpos, distância interplanetária, intercontinental, internacional e nacional.

Pelo nosso dicionário google de cada dia, distância (também conhecida como "a maldita") é sinônimo de "medida de separação de dois pontos", ou então, "o ato ou o efeito de duas entidades estarem separadas no espaço".

Nada mais justo que estas definições. Explico.

Primeiramente, vale lembrar que a palavra "ponto" é uma figura bastante apropriada para definir o quanto a outra pessoa significa. As vezes é o nosso norte, as vezes a nossa derrocada. As vezes é o ponto de partida, e nas outras (raramente), ponto de chegada.

A outra definição, da separação existente entre duas ENTIDADES no ESPAÇO, chega a ser uma poesia. Somos mera entidades quando amamos à distância. Contemplamos o outro como um ente imaginário, que nem os entes comuns em contos de fada. E o que falar de ESPAÇO então? Não há espaço para mais nenhum outro abraço, mas há toda a liberdade do mundo. É uma prisão voluntária, que nos deixa com uma sensação que oscila entre euforia e desespero, e por tal, nos tira o chão, já não fazemos parte deste espaço que vivemos.

A distância do outro tudo tem sentidos variados. As vontades quase nunca são satisfeitas, a presença é rara, e há que ter um bocado de perseverança, fé e confiança para que a relação siga adiante.

Os pombinhos que conhecem as teias que envolvem os amantes distantes sabem o quão ruim é a esperança de ver o amor ficar online na internet, de receber um email, e como é delicioso ouvir a outra voz falando qualquer coisa do outro lado da linha, pois tudo soa como música pros que tem saudade.

Ainda bem que recursos como Skype e MSN encurtam as distâncias. Mas há uma distância enorme em ter tais programas e poder desfrutá-los com a pessoa querida.

E se a pessoa em questão fica online mas não lhe dirige a palavra, ou se além de não lhe falar ainda fica offline sem qualquer justificativa?

O segredo é não enlouquecer. O amor à distância exige doses imensas de crença no relacionamento. A insegurança deve ser amenizada por ambos sempre que possível.

Deixar a outra parte insegura de propósito é uma tremenda burrice, pois sofrimento tem cura, pois um dia sofrer cansa, e quem cansa, procura outros ares para respirar e voltar a sentir o coração batendo sem dor.

No amor à distância, evitemos jogos amorosos. Na vida comum eles pouco ajudam na arte da conquista, nas vidas que estão longe então, fazem um estrago tremendo.

Bom seria se todos nós acreditásseos que jogos não são necessários para cativar ou conquistar alguém. Basta a química, o envolvimento, as idéias e o que um significa para o outro. É um conjunto que flui naturalmente, e se for necessário fazer joguinhos, certamente há alguma coisa errada.

A criança que faz birra o faz por qual motivo? Chamar a atenção, certo? Ou seja, se precisamos fazer joguinho de ficar sem ligar, causar ciuminho, ou ter que moderar palavras, corra enquanto é tempo.

As vezes fantasiamos demais, talvez por culpa da falta de convivência. Outras, criamos ilusões para fugir da nossa enfadonha realidade. É muito importante sabermos porque gostamos daquela pessoa especificamente, e PORQUÊ nos sujeitamos a passar por tudo que o amor à distância causa.

Mas esse PORQUÊ já é tema para ser abordado no meu próximo post.

O ideal é que tenhamos a mente ocupada: com trabalho, academia, dieta, amigos, pois embora eles não supram o vazio que a ausência deixa, pelo menos ajudam a fazer o tempo passar mais rápido até que o próximo encontro aconteça.


terça-feira, 12 de maio de 2009

Olhos que me fitam O.O

Há muito tempo estou sozinha da silva. Sozinha mesmo, sem nenhum affair, tico-tico no fubá, paixão, nadica de nada.

Pra mim isto é um milagre, devo confessar. Sempre emendei um namoro no outro, de forma que jamais tive um tempo só pra mim.

Terminei um noivado longo, onde o ex noivo saiu magoado. Sei que pisei na bola na reta final, mas consigo compreender que esta foi a ÚNICA maneira de eu concluir o que já estava concluído no meu coração. Faltava apenas culhão.

Terminar relacionamentos sendo a parte má da história não é nada bom, mas pelo menos dá pra escrever a respeito, e aprender um bocado com tudo isso, com o fato de ser taxada de uma tremenda filha da puta.

Não foi traição, foi pisada na bola mesmo. Por exemplo, quando alguém viaja com uma turma nova de trabalho logo depois do Natal, e não volta pra passar o ano-novo com o noivo, simplesmente porque Copacabana estava UM SONHO naquela data.

Enfim, eu me volto para a minha fase só. Até meu notebook particular me abandonou. Pifou e eu perdi o interesse nele. Agora ando de mochila pra lá e pra cá, carregando meu notebook do trabalho. Pelo menos minha postura está ficando melhor, já que a mochila pesa bagarai.

Eu ganhei de presente 15 quilos o ano passado. E isso contribui demasiadamente para minha atual fase celibatária.

Meu rosto parece uma lua, tenho um pochete embaixo do meu queixo, e uma bóia na cintura. O resto tá legal, bundão e peitão ainda fazem sucesso. Amém.

Aos poucos fui recuperando e elevando a auto-baixa-estima. Me matriculei na academia e tenho honrado com as parcelas mensais. Também estou de dieta, e prometo que não fiquei mal humorada. Remédinho safado, deve ter Prozac junto.

Durante esta minha nova era, o que mais me marcou foram os olhares constantes e profundos de Chanel - minha gata preta - como se ela fosse uma estátua a me admirar. Só falta babar.

Isso não é de hoje, ela sempre me fita. É algo que qualquer pessoa que venha me visitar perceba facilmente.

Nunca ninguém - amorosamente falando - me fitou do jeito que ela faz. NUNCA.

Isto tem um significado enorme pra mim. Significa que ninguém nunca admirou minha presença, nem se sentiu tão bem comigo, como ela.

Ela valoriza cada segundo que estamos juntas. Nada importa. Só a minha presença basta. E olha que as vezes me ter por perto não é nada fácil. Posso causar terremotos num piscar de olhos, não sou uma pessoa fácil de conviver, começando pelo tom de voz, alto como um megafone.

Tudo bem que estou falando de uma gata, que mia e não fala, mas seu olhar tem um signifcado enorme para mim.

Eu tenho mais duas gatas, e é óbvio que elas me olham também... é natural que me olhem quando querem um afago nas costas, comida no pote, troca de areia, que eu vá dormir para elas se aninharem a mim. Elas não me olham como a Chanel.


Com Chanel, eu simplesmente preciso ESTAR, o resto é com ela. Passa horas olhando para mim, acompanha cada movimento, fala comigo com seu olhar profundo e atencioso.

Eu quero uma admiração assim, não uma admiração gato, mas um ser humano que me ame como ela me ama. Sem subserviência ou instinto animal, mas por simplesmente ME ADMIRAR.

A admiração é a base de tudo num relacionamento. Dela derivam todos os outros nobres sentimentos. Quando admiramos, nos orgulhamos do outro, nos sentimos privilegiados por sermos a pessoa que está ao seu lado nesta vida, que n maior parte do tempo não é fácil.

Para admirar o outro precisa nos cativar, nos mais diferentes aspectos. Pra mim o que conta é o caráter, a maneira com que trata a família, os animais, os amigos, a própria vida, e a própria históriade vida.

Não quero alguém que babe por mim, mas apenas que me fite.

Que me olhe e veja quem eu sou, ainda que eu não emita nenhuma palavra. Que não me julgue e não se decepcione com facilidade, sabedor de que eu sou maior que meus defeitos.

Sou humana e intensa.

Sou pólvora e acalanto.

Sou desejo e sou realidade.

Sou barulho sou paz.

Busco um amor eterno, para me divertir, amar, chorar, cantar, gritar, chocar, viver e me acompanhar.

Sei que um dia vou encontrar este amor que vai me fitar, sem que eu tenha feito algo muito reprovável ou babaca para que isto aconteça.
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