domingo, 31 de agosto de 2008

Sobre o pé na bunda

É assim. Tem vezes em que sem a gente esperar o cara aparece e termina o que a gente nem tinha começado. Outras vezes a gente tenta, tenta, tenta. Gasta umas 830 seções de terapia e tem 345 DRs, mas não adianta. Um dia a gente acorda, sente que passou por cima dos nossos próprios limites e que sair correndo virou questão de sobeviência.

Algumas vezes ninguém terminou com ninguém. Aquilo nem era compromisso, vocês nem tinham combinado nada. Basicamente um decidiu parar com aquela brincadeira antes do outro.

Se o outro resolve parar um pouco antes, você fica triste por uns três dias.
Em todos os casos, quando o relacionamento é longo, você sofre. Independente de quem deu ou não deu o pé na bunda. Por sinal, vamos lá. O que me inspirou a escrever sobre pé na bunda (uma coisa bem distante no momento, sim, existem mil outras coisas na vida) foi que alguém escreveu a frase: "a Nina, que só toma pé na bunda, segundo ela mesma" nos comentários do texto de baixo. Não é verdade. Eu nunca disse isso. Mas isso não importa e é problema só meu.

O que realmente importa é que depois que você cresce percebe que o poder do pé na bunda nem é assim tão grande. Não é porque eu terminei com muitos namorados que não sofri. E que história é essa de que mulher é que leva pé na bunda? Não, a gente termina muuuitos relacionamentos. Inclusive, isso é dado do IBGE, nós, mulheres, terminamos a maioria dos casamentos-namoros. Talvez a gente tenha mais coragem para ir embora, não sei ainda.

Eu tenho a maior facilidade em pegar minha bolsinha e sair quando as coisas não estão boas. Choro na minha cama, me tranco em casa e posso até achar que vou morrer, mas vou.

Só que isso não significa que eu dei um pé na bunda. Significa só que eu fui embora. Assim como, algumas vezes, eles que foram.
E ter um homem que não te deu um pé na bunda também não é garantia de felicidade. Nunca.
É a vida, meninas, é a vida.
(Por Nina Lemos)
02 neurônio

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