quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A aliança de compromisso

Não quero magoar ninguém,
Isso jamais meu bem.
Quero ser sempre feliz, amiga e uma fortaleza,
Não só para mim, mas para você também.
Não que você busque em mim o seu eu sem fim,
Mas porque eu vejo em ti coisas que já me esqueci sobre mim.

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Os versos acima, muito mal escritos por mim, certamente são sintomas de uma crise EMO.
Mas eu não quero ser triste quando tenho mil motivos pra ser feliz.
Mas acho que é só tristeza da felicidade. Ou talvez as duas andem de mãos dadas, e até com aliança de compromisso, então normal esse sentimento idiota que estou tendo.
Eu quero endurrecer meu coração,
Não me apegar a nada nem a ninguém,
Vou sair gritando pela rua,
E um dia vou ser mais feliz também.

Republicando:



Corações partidos e baladas sangrentas


Faz pouco mais de um ano. A moça carregava um coração partido em frangalhos e saiu de casa pela primeira vez para tentar se divertir. Doía tanto a porra do coração que a noite foi horrível. “Meu, desfila no meio dos caras com esse vestidinho e deixa que passem a mão na sua bunda”, recomendou o amigo macho. Ela teve que explicar que não ia adiantar. Ficou sentada num canto com o vestido muito curto completamente fóbica e infeliz. O máximo que conseguia dizer para quem se aproximava era: “terminei um relacionamento e to mal”.

Um ano se passa. A moça estava de novo com o coração partido (vai ter ganas de vivir assim no inferno, diria Wander e Fred 04 remixados). Vai a uma festa. Chega lá e se diverte com tudo, mas tudo o que aparece pela frente. Com os amigos que não páram de beber vodka, com a imagem de um Carrossel que não pára de girar, tudo é absolutamente divertido para ela, que desfila de shortinho na frente dos rapazes e colhe alguns elogios. Ei! O amigo estava certo. É só desfilar com as pernas de fora que...

Estava nada. Há um ano não teria jeito. O corte era profundo. Agora, com um arranhão no coração, até que dá para passar mercúrio cromo e desfilar sua graça. Se olhar no espelho e se ver do tamanho real (que é exatamente 1,63. E não os 50 centímetros que achou que media no dia em que se sentiu burra e sacaneada). Com os amigos do lado, vendo o nascer do sol na praia de Copacabana, a moça sabe que mede, na verdade, 1, 70. Ah, sim, Fernando Pessoa. “Eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura”.

Amigo punk que deu o conselho: tudo é uma questão do tamanho real da dor. Ano passado era de verdade. Esse ano era piração. Ah, sim, Renato Russo. “Porque que eu finjo que acredito no que invento?” Simples, Renato, porque não foi ela (a moça) que inventou sozinha a coisa toda. Foram lá e inventaram junto e depois saíram correndo. Mas deixa pra lá. A fila anda.

02 neurônio

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